Universidade deve fazer pré-adesão ao Mais Médicos a partir de segunda.Tutor vai ganhar bolsa de R$ 5 mil para coordenar os supervisores.
O Ministério da Educação publicou nesta
sexta-feira (2), no “Diário Oficial da União”, uma portaria que define os
procedimentos de adesão de instituições públicas estaduais e municipais de educação
superior e de saúde ao Programa Mais Médicos. As instituições interessadas em
participar do programa deverão apresentar ao MEC um termo de pré-adesão ao MEC
a partir de segunda-feira (5) até o dia 12 de agosto.
De acordo com a portaria, podem aderir ao programa
universidades públicas que ofereçam curso de medicina gratuitos; programas de
residência em Medicina de Família e Comunidade, de Medicina Preventiva e Social
e Clínica Médica que estejam devidamente credenciados pela Comissão Nacional de
Residência Médica (CNRM); escolas de governo em saúde pública, que possuam no
mínimo um programa residência médica ou de pós-graduação na área de saúde; e
secretarias municipais e estaduais de saúde que tenham ao menos um programa de
residência médica vinculado às mesmas.
O MEC vai selecionar instituições, escolas e
programas de residência apenas nas unidades da federação onde não houver adesão
de instituição federal de educação superior.
As instituições
deverão indicar um tutor
acadêmico responsável pelas atividades e, até três tutores acadêmicos para
cadastro de reserva. O tutor vai ganhar uma bolsa de R$ 5 mil. Este tutor deverá
ser ligado à área de conhecimento de saúde coletiva, à área de medicina de
família e comunidade, ou à área de clínica médica, e será responsável pela
orientação acadêmica e pelo planejamento das atividades dos supervisores.
O tutor deverá, segundo a portaria, coordenar as
atividades acadêmicas da integração ensino-serviço, atuando em cooperação com
os supervisores e os gestores do SUS; indicar as atividades a serem executadas
pelos médicos participantes e supervisores; monitorar o processo de
acompanhamento e avaliação a ser executado pelos supervisores; integrar as
atividades do curso de especialização às atividades de integração
ensino-serviço; relatar a ocorrência de situações nas quais seja necessária a
adoção de providência pela entidade; e
apresentar relatórios periódicos da execução de suas atividades no
Programa Mais Médicos para o Brasil à entidade à qual está vinculado.
Os supervisores vão atuar mais diretamente com os
médicos participantes do programa. Eles serão selecionados entre profissionais
médicos por meio de edital conforme critérios e mecanismos estabelecidos pelas
instituições. Os supervisores também receberão uma bolsa, que ainda não foi
definida.
A supervisão dos médicos residentes que vão
participar do programa é uma das preocupações de diretores de faculdades de medicina.
Presidente do Fórum Permanente de Dirigentes de Escolas Federais de Medicina
(Formed), Antônio Carlos Lopes,da Universidade Federal de São Paulo, considera
fundamental dar estrutura para o residente trabalhar e um acompanhamento
sistemático feito pelo preceptor (tutor). “Médico sozinho não faz saúde. É
preciso que haja enfermeiros, dentistas, fisioterapia, psicólogos, assistentes
sociais.”
Para Silvana Artioli Schellini, diretora da
faculdade de medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), a supervisão
aos residentes merece muita atenção. "Todas as vezes que a gente trabalha
com residência médica a gente pega na mão do residente e ensina como é o
serviço", diz.
Informações : G1.com
POSTAGEM Gutyelson Henrik
BOLSISTA DO PET-CDSA
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